Um desafio em Julho de 2008, sobre uma pintura publicada aqui neste mural da minha C(l)ave - Partilha de uma muito querida (4),
um acrílico sobre tela da minha Autora da Capa de Memória Alada -,
resultou num conjunto de histórias que só me lembrei passados quase 12 anos de recolher para memória, e que são dignas de serem lidas por quem se quiser dar a esse trabalho.
Seguem-se (1ª parte):
Uma estória (1)
Esta é a minha estória, neste canto que protege a minha vida… esconde segredos e alimenta sonhos. Acredito na felicidade como dom alcançável e é por isso que tenho estas velas… cuja luz me há-de manter sempre desperta para os subtis sinais da vida.
Ah… e tenho um sapo. Tem os meus olhos pela ternura e esperança com que o olho e assim chegará longe! E este é o meu retrato. Vêem? Sou linda…
Uma Estória (2)
Esta é a história de uma menina órfã de dezoito anos, a quem a vida escolheu como sendo um membro de uma das famílias mais nobres e ilustres da cidade. Maria, de seu nome, prima pela sua grandiosa maturidade, evidenciando um doce e feminino toque que desnuda a sua idade ainda precoce.
Mãe de Maria morreu tinha ela apenas dois anos de idade. Sempre num meio rodeado de criadas e de motoristas, Maria foi aprendendo a viver segundo regras e rotinas que lhe iam sendo impostas.
O pai da menina, eloquente diplomata, sonha uma carreira invejável para a filha, a quem sempre satisfez todas as necessidades económicas e materiais. Carinho e afecto não é linguagem que conste no seu dicionário, aliás, Maria está muito longe de se sentir amada.
Cabelos negros e longos esvoaçam ao sabor da brisa quando passa, a sua silhueta definida pelas curvas bem acentuadas do seu corpo e as excelentes combinações de vestuário modelam-na numa jovem elegante e atraente.
Maria vive quase sem ambição, dado que não é carecida de luxos ou caprichos. Os seus pequenos sonhos são considerados impossíveis. Apaixonada pela natureza, deseja em segredo ser bióloga, algo que nem ousa pronunciar perante a postura inquebrável de seu pai, que insiste numa carreira política.
Apesar de tudo, é uma rapariga sonhadora que idealiza um príncipe encantado montado num cavalo branco que um dia chegará para a vir buscar e para a libertar da sua vidinha de prisioneira. É assim que passa horas e horas a fio num pequeno sótão de arrumações que constitui um local mais discreto à criadagem.
Sente-se bem ali, talvez por ser a única divisão da casa que menos se parece com um museu, em que tudo tem que estar no sítio certo à hora certa.
Maria tinha um pequeno sapo, Greeny. Era com ele que passava grande parte do seu tempo livre no resgatado sótão. Era ele o bom ouvinte dos seus desabafos, problemas e das histórias dos seus sonhos.
Maria tinha um pequeno sapo, Greeny. Era com ele que passava grande parte do seu tempo livre no resgatado sótão. Era ele o bom ouvinte dos seus desabafos, problemas e das histórias dos seus sonhos.
Um dia, contagiada pela magia dos sonhos e da fantasia, achou por bem, uma vez na vida, tentar seguir o rumo do seu sentir e deixar-se envolver pela irrealidade dos devaneios.
Olhou Greeny nos olhos, sentiu-o a aproximar e suavemente o colocou na palma da sua mão. Pensou: “Como é que um animal tão pequeno pode significar mais para mim do que a minha família ou até do que as minhas regalias?”. Foi então que se chegou mais de perto, descalçou as luvas para o sentir na plenitude. Fechou os olhos e só o sentia na sua mão, estava rodeada por uma sensação de uma tranquilidade suprema. Aproximou-se ainda mais e teve a leve impressão de ver em Greeny um sorriso. A magia do momento transportou os seus pequenos e doces lábios para a boca do seu sapinho especial. Deixou-se levar e num sopro só sentiu-se envolvida por um abraço reconfortante. Continuou de olhos fechados… Teria chegado o príncipe? Será que era desta que conseguiria fugir para outro mundo num cavalo branco?
Uma Estória (3)
A história n.º 3 é a que eu (Fá menor) escrevi, e já tinha sido atempadamente publicada neste mesmo blogue sob o título:
Saber Esperar.
Saber Esperar.
Às vezes a magia das coisas simples dão cor a certos momentos da vida e isso ajuda bastante!
ResponderEliminarBeijinhos, amiga !
Tudo de Bom! 🤚👍
Ótimas iniciativas e muito empenho.
ResponderEliminarA mim alta-me tempo par poetizar, como gosto...
Atrasada no retorno, ando a atualizar o Reúgio.
~~~~~
Yo creo que cada uno crea su historia no me gusta continuar con los proyectos d e otras personas aunque es una genial iniciativa. Te mando un beso
ResponderEliminarUma excelente iniciativa e um complemento enrre a poesia e o visual
ResponderEliminar🙂
Obrigado pela excelente matéria. Me fez refletir bastante. Uma ótima tarde.
ResponderEliminarEspecially second one looks very interesting. Thanks for the review.
ResponderEliminarWell written❤
ResponderEliminarMaria's father thinks are valuanle. Hope all come true at future. Have a wonderful Sunday Dear friend!
ResponderEliminarSoñar no cuesta nada, y a veces vale toda una vida...
ResponderEliminarmuy lindo relato.
Las cosas simples también tienen su magia. Feliz finde!
ResponderEliminarGostei dos textos e fiquei curiosa com a história de Maria. Você tem uma escrita instigante.
ResponderEliminarO Mente Hipercriativa já está de volta!
Aguardo sua visita!
Até breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com
https://universo-invisivel.blogspot.com
Muito bom! Os meus parabéns!
ResponderEliminarBeijos e Abraços,
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