Era uma menina, igualzinha às outras meninas da sua idade. Com uma diferença: era uma papoila rubra, que se transformara numa linda princesa cheia de sonhos.
A menina todos os dias colocava a sua coroa de princesinha e sentava-se, durante algum tempo, num canto do seu quarto, alimentando o espírito de devaneios, ao mesmo tempo que esperava pacientemente pela materialização de uma quimera. Por debaixo daquela coroa pequenina, brilhava uma farta cabeleira negra, sob a qual habitava um cérebro idealista e rebelde. No castiçal tremeluziam as suas estrelinhas do êxito, emanando aromas enviados pelas ninfas do lago azul.
E sentia-se muito bem assim, respirando aquela paz que lhe vinha engrinaldar as aspirações. Tinha desejos e projectos ambiciosos. E esperava. Esperava com a certeza de os ter já alcançado. Esperava-os com o direito de quem trabalha para a sua concretização.
Entre os seus anseios contava-se o de que um príncipe viesse complementar a sua ventura. Um príncipe, nem que fosse encantado. E esperava. Esperava apesar de, até agora, apenas lhe terem surgido sapos. A sua rebeldia não via neles encantamento algum. Via apenas sapos. Sapos daqueles que ela muito bem sabia que nadavam com as rãs na poçada do canavial. Bem os ouvia lá coaxar todos à noite.
No entanto nada lhe fazia perder a esperança de alcançar todos os seus objectivos. Trabalhava para isso. E esperava. Esperava pacientemente. Ela tinha a certeza de que a paciência é a sabedoria do saber esperar.
Esta é a história que escrevi para responder ao desafio da Cátia, sobre a pintura da minha publicação - Partilha de uma muito querida (4).
A menina todos os dias colocava a sua coroa de princesinha e sentava-se, durante algum tempo, num canto do seu quarto, alimentando o espírito de devaneios, ao mesmo tempo que esperava pacientemente pela materialização de uma quimera. Por debaixo daquela coroa pequenina, brilhava uma farta cabeleira negra, sob a qual habitava um cérebro idealista e rebelde. No castiçal tremeluziam as suas estrelinhas do êxito, emanando aromas enviados pelas ninfas do lago azul.
E sentia-se muito bem assim, respirando aquela paz que lhe vinha engrinaldar as aspirações. Tinha desejos e projectos ambiciosos. E esperava. Esperava com a certeza de os ter já alcançado. Esperava-os com o direito de quem trabalha para a sua concretização.
Entre os seus anseios contava-se o de que um príncipe viesse complementar a sua ventura. Um príncipe, nem que fosse encantado. E esperava. Esperava apesar de, até agora, apenas lhe terem surgido sapos. A sua rebeldia não via neles encantamento algum. Via apenas sapos. Sapos daqueles que ela muito bem sabia que nadavam com as rãs na poçada do canavial. Bem os ouvia lá coaxar todos à noite.
No entanto nada lhe fazia perder a esperança de alcançar todos os seus objectivos. Trabalhava para isso. E esperava. Esperava pacientemente. Ela tinha a certeza de que a paciência é a sabedoria do saber esperar.
Esta é a história que escrevi para responder ao desafio da Cátia, sobre a pintura da minha publicação - Partilha de uma muito querida (4).
E escreveste muito bem. Mais vale esperar do que aturar sapos, na verdade! :)**
ResponderEliminarQuantas vezes por não temos paciência,
ResponderEliminarpor não saber esperar o momento certo,
não esperamos pelo príncipe, e a historia
acaba por não ter um bom fim
beijos
Linda Amiga:
ResponderEliminarUm texto narrado com o coração e as suas mãos mágicas de ouro.
VOCÊ já é uma princesinha de sonho.
Encantada pela maravilhosa expressão doce do que diz, pensa e sonha.
Muito terna, sensível e deslumbrante.
Quando, hesitante, diz repleta de ternura:
"...No entanto nada lhe fazia perder a esperança de alcançar todos os seus objectivos. Trabalhava para isso. E esperava. Esperava pacientemente. Ela tinha a certeza de que a paciência é a sabedoria do saber esperar..."
Sabe, todos os princípes a adorariam, de certeza.
Não espere. Não há necessidade. Ele virá na altura certa e no momento certo.
Beijinhos amigos de respeito e elevada estima.
Sempre a admirá-la e a considerá-la
pena
Adorei, amiga!
Desafio interessante!
ResponderEliminarEstória bonita!
Saravá!
Bjs!
Minha querida,
ResponderEliminarObrigada por esta estoria, obrigada pela divulgação do desafio... Foi cá uma aventura, nao? Mas com resultados inesperados...
Espero que este seja apenas um pequeno exercicio para as muitas estorias que irás escrever, e apenas mais uma divulgaçao dos mts quadros conhecidos da Joana.
Beijinho mt grande para ti amiga querida
Isabela,
ResponderEliminarObrigada!
Bjs
Cátia,
Eu é que tenho a agradecer-te, amiga linda, por esta iniciativa inesperada, mas de fabulosos resultados. Que estórias lindas aconteceram!
Gostei muito do desafio. Gostei muito de participar. Gostei ainda mais de teres dado o relevo que deste ao quadro da "minha muito querida"! Nunca irei esquecer o teu gesto lindo!
Um beijo enorme
:$
ResponderEliminarNão sei se com minhas palavras consigos exprimir realmente o que quero lhes passar, mais na realidade não sei agir sob pressaão de forma alguma, e que saber esperar é a melhor forma para começar algum relacionamento com alguém.
Parabéns lindo texto.
Beijos á todos!
=*
Olá Jaqueline!
ResponderEliminarAcho que saber esperar também é não deixar de batalhar pelo que se quer e gosta, com a paciência necessária a dar tempo ao tempo da concretização.
Beijinhos
fa menor obrigado pela sua visita!
ResponderEliminarPara além de convivermos com demasiados sapos, há ainda a necessidade de mudar um pouco, digo eu, as altíssimas expectativas que alimentamos enquanto esperamos, ou procuramos, o nosso principe ENCANTADO!
Não são os principes que têm a missão de nos fazer felizes... somos nós que temos de conquistar esse estado de boa vontade e positivismo e aprender a conservar essa atitude apesar de todos os sapos e contrariedades que vamos encontrando, não é fácil mas é mais realista, não?
a vida é esperar;esperar é naõ ter certeza nunca, sinal do bom senso da humildade
ResponderEliminara vida é um corredor imenso de esperas e dúvidas. e de apenas uma certeza:a morte
ResponderEliminarFá,
ResponderEliminarSerá que poderei concluir que esse Príncipe apareceu há 29 anos?
Bjs.
Art,
ResponderEliminarpode ter o seu quê de verdade...
digamos que podem ser várias realidades à mistura com uma boa dose de ficção.
:)
Bjos
Um sapo pode-se revelar um bom amigo, um bom conselheiro! Do menos bom, há que que retirar o melhor que tem.
ResponderEliminarAmor de amigo também é preciso !
Gostei!!!
Gostei de ler a tua hstória, amiga Fá.
ResponderEliminarBeijinhos
~~~
A imagem é bela e sua leitura ficou encantadora. É preciso saber se a espera vale a pena e se não deixamos passar oportunidades mais frutíferas. Bjs.
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