Percorro o imenso areal, ao mesmo tempo que tomo consciência do paradoxo que me envolve: a calma do azul celeste e a tempestade que me invade a alma, qual oceano enfurecido.
Esta fusão, visual e psicológica, de céu e mar, provoca em mim uma tal ânsia de infinito, que me deixo cair amortecida, também pelo sol avassalador, até que o meu mar interior se vai lentamente transformando num erodido grão de areia.
Resta-me comungar do espaço físico que me envolve.
Deixo-me ficar caída na praia, ouvindo o ruído das ondas, até sentir todo o distanciamento necessário a me encontrar.
Aos poucos, vou procurando vislumbrar o Farol que me guiará!
(Texto enviado ao 1.º Jogo das 12 Palavras)